quinta-feira, 19 de agosto de 2010

6.1 - Ambiente Comando Controle

Durante muito tempo o modelo militar foi a principal referência para muitos dos arranjos empresariais. Nesse modelo desenvolveu-se a hierarquia entre os cargos, onde havia a distribuição de ordens dos maiores até os menores cargos. Nesse modelo verticalizado a visão estratégica fica retida nas camadas hierárquicas conforme a conveniência da estratégia. Isso tem para alguns perfis de arranjos empresariais os seus benefícios e problemas. Um dos problemas é quanto à comunicação onde que os níveis mais operacionais acabam perdendo o conhecimento sobre as estratégias do arranjo empresarial. Outro problema é quanto à fragmentação da informação, o que provoca em muitos casos a perda do sentido de um trabalho operacional, sendo a característica principal do Comando Controle, que provoca a necessidade de um chefe dar um comando direto e sem a visão do todo para um funcionário e o controle de todos os passos do funcionário (Processos bem elaborados e monitorados). Existem exceções, pois podemos encontrar empresas de sucesso que utilizam esse modelo, o que podemos perceber é que essas empresas possuem um forte esquema de marketing interno para possibilitar a comunicação e integração das pessoas. A grande questão nesse perfil organizacional foi o aumento da complexidade dos produtos, que podemos notar mais fortemente a partir da década de 1980, esses novos produtos começaram a provocar uma necessidade maior de retenção de conhecimento e articulação das informações para o desenvolvimento e produção desses produtos e com o aumento desenfreado dessa complexidade as empresas precisaram distribuir esse conhecimento na tentativa de dividir a carga de cada profissional das camadas executivas, entretanto tudo foi feito na base no arranjo hierárquico, o único conhecido na época. Isso fomentou a necessidade de trabalho em equipe, a equipe da gerência. O problema foi que as pessoas não estavam preparadas para isso e aí cada um se isolou em seu setor procurando se preocupar somente com seus insumos e produtos e deixando de observar o resultado final da empresa, uma grande perda para todos. Como cada setor precisava garantir seus trabalhos (produtos) o setor operacional começou a ser sobrecarregado pelas ordens que vinham de todos os lados. Lembram do ditado “Tem muito chefe para pouco índio”? Algumas empresas bacanas conseguiram lidar bem com isso e estão no mercado até hoje. Em resumo o comando/controle ordena e controla a execução das atividades onde o executor somente tem a visão do que faz. Um pouco mais para frente em outro Post eu irei escrever sobre Equipes Multidisciplinares e irei comentarei sobre a questão dos anos 1990 sobre ser especialista ou generalista.


Abraços

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